terça-feira, 20 de julho de 2010

Ok, vou ser meio repetitiva e até um pouco clichê dizendo isso. Mas cada dia que passa me convenço mais de que toda essa papagaiada de conto de fadas é o que ferra a vida de todas as mulheres.
Vamos ao meu exemplo: Eu sou uma pessoa, bem no fundo do meu âmago, romântica. Mas, esse romantismo sempre foi contido, normal...uma espera natural na vida de encontrar alguém que fosse mais do que uma companhia legal pra ter naquelas noites de domingo vazia. Mas guardava essa minha alma fofa dentro de uma caixinha esperando que o cara que merecesse soubesse de seu conteúdo e fosse o felizardo que teria minha vida por inteiro, e não só o cafuné no banco do cinema.
Sim, ele apareceu, ou pelo menos o primeiro deles (porque acho que todos que estão lendo isso são espertinhos o bastante pra saber que não, não é verdade que só existe uma metade pra sua laranja, e que grande amor é um só).
Mas, ele apareceu, o primeiro grande amor...a grande louca paixão. Eu, como boa leonina que sou, me joguei de corpo e alma, e isso é bom! Sim, pessoas, se joguem de corpo e alma, dói depois mas a intensidade dos momentos felizes vale a pena!
E, totalmente influenciada por esse sentimento de amor, paixão e afim.. me deixei convencer de que nessas ocasiões o mr right vai sim ajoelhar no meio da rua, pedir sua mão, marcar a data na Nossa Senhora do Brasil com lua de mel em veneza e planos de comprar apto, casa no campo e cachorro chamado pré-pago. Fail!
Já deu pra perceber que nada disso aconteceu, certo. Na verdade nem o relacionamento deu certo quanto mais as cenas de cinema...e talvez não daria de forma nenhuma.
Mas hoje, um pouquinho mais madura eu percebo que nada disso é importante, de repente eu que tinha tantas exigências com relaçaão ao que o cara com quem eu estava provocasse em mim em termos de sentimentos me deixei levar por todo estereotipo de que amor = morar junto e fazer viagem romantica pra Paris com direito a violino.
Lógico que é lindo, que é gostoso, mas ter alguém de carne e osso, que tem medo de casar, que ama sua individualidade, mas que vai ir correndo pra sua casa quando você tiver virose e não conseguir sair do banheiro é ainda mais importante.
Sonhar, fazer planos e pensar na vidinha de princesa é uma delícia e saudável, contanto que a gente sempre tenha certeza e consciência de que isso é uma ferramenta necessária pra manter a relação, mas que se não for assim tudo bem, veneza vai continuar lá, no mesmo lugar, e todos os outros lugares do mundo por onde vocês passarem poderão se tornar lugares tão especiais quantos, mesmo que eles não façam parte da pauta-planos-perfeitos-de-amor-que-todo-casal-tem-que-ter.

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