domingo, 24 de julho de 2011

Mais importante do que a paixão

Um mês e meio de termino de namoro... até então só tinha ficado com um cara numa situação meio desesperadora e no auge da depressão tirei uma licença e fui visitar minha best friend em Minas por conta do seu baile de formatura. Ah o baile: a grande chance de realmente voltar a ativa e começar a recuperar a habilidade de flertar com caras gatos no meio de festas e baladas.. reativando o radar morto há muito tempo (como consegui deixar meu radar tão adormecido por tanto tempo se nem gato meu ex-namorado é?). Nossa... como foi estranha aquela sensação... estava totalmente sem feeling, sem graça e ainda por cima sóbria demais (quem nunca tomou rivotril na vida... com certeza um dia passará por isso!)... mas enfim a química rolou... 
Ficamos a noite toda juntos e lógico que no dia seguinte chorei a manhã toda com saudades do ex... momento que passou e a investida no carinha legal do baile fluiu com email, troca de msn, telefone, etc...
Na verdade aquela noite do baile foi a única que ficamos juntos, e eu nem tinha muita vontade de ficar com ele de novo, mas adorava a sensação de expectativa após mandar um e-mail... a alegria por ele me passar telefone e msn.. e pra fechar com chave de ouro ele ainda me ligou meia-noite no dia do meu aniversário, ganhando pra sempre meu eterno carinho.
Às vezes, tudo isso é sensacional, toda essa expectativa de primeiros encontros e devolutivas das nossas ações são fundamentais, não porque a gente esteja apaixonada e queria necessariamente que aquela noite legal vire algo a mais, mas porque nosso coração precisa sentir que ainda está vivo e que pode ficar feliz e se empolgar com as ações de outra pessoa.
Nunca mais vi o cara daquela noite, depois de uns dois meses nem nos falamos mais por msn... até que um ano depois ele ressurgiu, estava em SP e queria me ver, mas para mim já não tinha mais sentido nenhum e não nos encontramos. Mas pra sempre ele vai ser o cara que me ligou meia noite no meu aniversário e me deixou mais viva e feliz.
Não é todo mundo que entende, mas essa sensação, essa insegurança e expectativa não precisam existir relacionadas a estar apaixonada, um cara que toca nosso coração e deixa uma insegurança no ar, desperta a sensação de que estamos vivos e de que nosso coração ainda pode se deixar afetar e é isso que realmente importa. Depois de mais de um ano sozinha é muito comum se distanciar totalmente da realidade e rotina de estar com alguém, e se convencer que a capacidade de ser romântica simplesmente deixou de existir, por isso é necessário, quase que vital sentir o coração balançar um pouquinho com as expectativas de primeiros encontros e respostas às nossas mensagens, mesmo tendo a certeza de que não vai virar paixão, mas só pra garantir que nosso coração ainda pode bater sem nosso controle frio e calculado.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Em um despertar

Por que será que sempre que a gente está desencanando de alguém, mudando o nosso foco de atenção e pensando que realmente não é nada que valha a pena e possa dar certo esse alguém resurge timidamente numa conversa de msn?
E por que será que a gente acaba respondendo como quem não quer nada, só para mostrar que nem se importou com o fato do distanciamento da última semana, mas no final sempre acabamos embarcando na conversa e já pensando em como seria bacana sair juntos no final de semana... e mesmo quando a conversa fica monossilábica (coisa que me irrita mais do que tudo na vida, quero morrer quando alguém me manda um rsrsrs e mais nada de resposta) a gente arranja um jeito de fazer o papo fluir melhor.
E de repente estamos pensando calculadamente em qual o próximo assunto que vamos falar, porque tudo tem que parecer legal e interessante e nossa estratégia de mostrar que nem ligamos pra situação se transforma em mostrar o quanto nossas conversas são legais e nos preocupamos em falar de coisas que importem.
Por que será que mesmo a gente odiando coisinhas cliches de quem está se conhecendo em um segundo nosso coração derrete com um "boa noite linda" (especialmente quando vem de alguém que de uma forma irritantemente encantadora te chama sempre pelo nome e não por uma abreveatura normal).

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Diga trinta e três

Os sintomas:
- Não consigo ser 100% eu mesma, porque alguma força misteriosa me diz que preciso sentir muito a outra pessoa antes de ser exatamente como eu sou.  5 segundos depois eu me sinto uma completa idiota por não ter conseguido agir naturalmente, e fico com a absoluta certeza que ele me achou uma loser.
- Eu realmente espero que ele me ligue.  Meu coração fica em stand by enquanto minha mensagem não é respondida e assim que meu celular vibra todos os batimentos cardíacos acumulados voltam todos juntos, de uma só vez.
- Eu paro e olho cada mensagem no meu celular, e penso por MUITO tempo em qual será a minha resposta, e depois vou ficando nervosa porque já faz tempo demais que ela chegou e eu não consegui mandar uma resposta rápida, inteligente, interessante e estratégica.
- Eu desencano dele várias vezes durante a semana, mas aí sempre vem uma lembrança que me deixa de novo empolgada ou com dúvida.
- Eu adoro o fato dele ser distante de forma controlada e estratégica, isso me faz pensar que ele é interessante, mas não me dá aquele bode de pessoas que mal me conhecem e já se empenham em investir todas as forças pra de conquistar. Isso é ótimo, porque eu odeio gente chiclete e grudenta, me faz me interessar mais. E é desesperador, porque eu tenho certeza de que não tenho controle nenhum e a linha entre achar fantástico mas ao mesmo tempo querer um pouco mais de ações de carinho começa a ficar muito tênue e de repente estabeleceu-se aquela relação cíclica de adorar a ao mesmo tempo achar irritantizinho.

O diagnóstico:
Encrenca!  
PS importante: quando eu sou segura de mais com certeza estou interessada de menos!