sábado, 24 de julho de 2010

Brilho eterno, lembrança eterna

Um dos meus filmes favoritos é o brilho eterno de uma mente sem lembranças, eu tenho esse DVD e a história dele é um pouco engraçada (mas fica pr outro post). E hoje estou me sentindo um pouco como esse filme. Não vou contar a história aqui pois acho que vale a pena ver todos os detalhes, mas em resumo o fato é:
Quando você termina uma relação o fim é tão estranho, dói tanto.. e normalmente você pensa em todos os defeitos daquela pessoa que te irritam, e todo o fim machuca, e você queria ser capaz de apagar todas as lembranças voltadas àquela pessoa por dois motivos principais:
1- você quer esquecer todas as mágoas
2- a impossibilidade de viver os momentos bons aumenta a dificuldade de superar o fim do relacionamento.
E você começa a fazer o processo e sentir raiva e pensar em todas as vezes que você deixou de fazer o que queria pela namorada, e todas as brigas antes de dormir que irritavam a ambos, e todas as vezes que pensaram se era melhor mesmo continuar com o relacionamento e o quanto isso desgastava...
E logo em seguida no processo de tentativa de se sentir melhor automaticamente acontece a comparação com todos os dias em que vocês se deram as mãos e enfrentaram problemas juntos, do dia que se conheceram e como ele foi o cara legal que saia do squash pra te dar colo quando estava triste... ou os períodos imensos de saudades com um zilhão de mensagens onde um incentivava o outro, e sentia orgulho..as dias e as noites em claro pensando na melhor forma de entrevista.
E aí, você percebe que lembrar disso dói, e que você queria que fosse tudo verdade de novo, mas qua apagar dói mais ainda, porque foram os momentos que você foi feliz de verdade.
O que vale mais, o que pesa mais: toda essa magia e a certeza de que se foi feliz ou os momentos de brigas? Acho que nunca ninguém vai ter essa resposta, mas enquanto se tiver certeza de que se foi feliz, de verdade, no mínimo você pode ter certeza que valeu a pena, e não vai querer apagar da memória e nem do coração, por mais que doa.
Eu sou da teoria que não existe ser feliz, que felicidade é um momento, e perceber os momentos em que estamos sendo / fomos felizes e a lembrança mais doce que podemos guardar.
E quem assistir a esse filme entenderá muito melhor o que significa manter o que importa na memória.

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