quarta-feira, 29 de junho de 2011

"Me dá seu telefone? Quero muito te ver"

Existe aquela velha historinha clichê do cara diz que vai ligar e não liga e as mulheres ficam parecendo as mais babacas do mundo super inconformadas, pensando: "Nossa, mas ele parecia tão interessado e não me ligou". Pois é, isso acontece de monte... ele parecia super interessado e não ligou. Dá pra fazer uma coleção disso na verdade.
Mas, sinceramente, pouco me importo com isso, o que me irrita na verdade é que parece que os homens fazem isso porque acham que toda mulher é ingenua e que por isso eles precisam obrigatoriamente fazer o papel de quem estão a fim e que vão ligar.
Preciso relembrar que estamos em 2011, o mundo mudou e que as mulheres não tem problema nenhum em ficar com alguém uma noite e nada mais? E que vocês podem sim trocar telefones simplesmente porque foi bacana e vai que um dia dá vontade de novo... e just that. E se não rolar vontade de pegar telefone pra isso tudo bem também.
Agora, de verdade... fazer cara de que super curtiu, ficar insistindo pra pegar seu número, te chamar pra sair e antes disso (num espaço de dois dias) sumir... é o tipo de coisa que não me faz ficar pensando "nossa... mas o que aconteceu, ele parecia estar a fim... até pediu meu telefone", mas sim a típica situação que me deixa indignada porque é minha inteligencia e capacidade de lidar com situações casuais sendo colocada em prova. Nem tudo tem que ser namoro, nem tudo tem que ser mais... precisa ser inteiro ali e só, e fazer tipinho só porque acha que vai ficar chato se não fizer me dá preguiça.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Eu prometo que hoje te amo mais que tudo.

Minha irmã dizia que eu era um monstro quando eu tinha meus 20 anos de idade. Isso porque eu nunca fui muito doce, meiga e romantica com meus namorados e na verdade chegava a maltratar um pouco os coitadinhos. Ok, maltratei muito em algumas situações.
Quando comecei a namorar o R* eu tinha uma forte sensação de que era algo bem diferente. E realmente era, não apenas pela ligação mais especial e forte do que os outros, mas porque eu era diferente enquanto pessoa e minhas últimas experiências me faziam pensar de uma forma séria com relação a meus namorados. Mas, mesmo assim, eu achava ridiculo todas as vezes que ele vinha dizer que me amava para sempre, e que iria casar comigo sendo que tinhamos meses de relacionamento.
Mesmo sendo sensata e tentando me manter indiferente com relação a essas demostrações exarcebadas de amor e paixão eu acabei cedendo, me entregando... fazendo promessas iguais e amando as promessas que ouvia. Tanto e com tanta força. E exatamente por ser a primeira vez que me permitia a isso eu acreditei em tudo com uma força enorme. E quando tudo terminou eu culpei demais a ele por me ter feito acreditar em tudo isso, me achando ridicula por ter deixado meu pensamento sensato e realista de lado.
E tudo isso aconteceu porque, pra mim, aquele relacionamento era mesmo diferente. E se pra mim era tão diferente e eu acreditava tanto... o simples fato de eu baixar a guarda deveria ser o suficiente para ele respeitar meus sentimentos e me dizer coisas apenas que ele tivesse absoluta certea de que eram verdade e que ele poderia cumprir.
Atitudes dele a parte (porque a historia é complexa, e olhando detalhes lógico que ele fez milhares de coisas absurdamente erradas) hoje eu penso como na verdade a paixão precisa dessas demostrações, de promessas, de exageros. Claro que meu pé atrás e meu ceticismo não morrem, mas não dá pra dizer que pode existir paixão sem ridiculo.
Será que não fui eu a ingenua boba da história que não entendeu que a paixão é assim, mas que a convivencia pode mudar tudo.. e que o tempo pode fazer com que a magia vá mudando?
Como a gente faz para que a sensatez e o olhar realista em cima da relação consigam conviver com todas as promessas ridiculas e muitas vezes inconcretizaveis que toda grande paixão precisa ter?
Eu, pessoa intensa e extremada com certea não sei a reposta. E com certea, por mais que eu saiba que as relações não são pra sempre, vou querer a vida toda buscar as promessas loucas e acreditar e sentir felicidade com elas, o que preciso aprender é não odiar meu namorado e nem a vida quando elas se mostrarem impossiveis de se realizar.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

1 ano depois...

Literalmente na véspera de complentar um ano de solteira é inevitável que me depare com milhares de relfexões sobre a situação.
Era tudo tão fácil quando eu tinha 16 anos (idade que tive meu primeiro namorado). Desde que tive meu primeiro relacionamento sempre foi tão tranquilo o período de transição... e sempre inevitavelmente aparecia alguém interessante e que me despertasse uma paixão.
Hoje, 10 anos depois do inicio da minha vida ativa com relação a relacionamentos as coisas parecem diferentes. Pela primeira vez sinto o peso de pensar em estar sozinha, e não pela falta pura e simples de alguém, mas pela falta de uma paixão no meu coração. Essa é a melhor definição: falta de paixão. Nunca estive tão desapaixonada, nunca senti meu coração vazio sem um foco pra sonhar e suspirar, mas ao mesmo tempo nunca tive tanta clareza e certeza do que quero e preciso em alguém.
E talvez por isso mesmo meu coração esteja tão sem paixão. Porque a clareza do que a gente quer implica em não aceitar pouco, em não querer qualquer coisa. Há quem diga que isso é exigencia demais e por isso que estou sozinha... então não tenho direito de reclamar.
Talvez... mas pra quem é intenso e cheio de verdade e valores não dá pra ser mais ou menos. Não suporto coisa mais ou menos. Meu coração sente falta de uma paixão, mas prefiro assim do que inventar uma que não me satisfaz.
Parece clichê, mas talvez realmente esse critério, essa exigência em não aceitar nada menos do que uma explosão de sentimento me faz pela primeira vez completar um ano sozinha, mas ao mesmo tempo ter certeza de que quando relamente as coisas acontecerem será para ser mais intenso e verdadeiro do que nunca.
Nesse um ano de vida sozinha, minhas lições, aprendizados e reflexões são mil, mas nada é mais claro e verdadeiro do que a certeza de que não vale a pena buscar uma relaçào apenas para não estar sozinho.
Que a paixão demore, mas que ela tome meu coração quando chegar, porque eu não aceito nada menos do que isso na minha vida.