sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A grande falácia da teoria moderna do príncipe encantado

Eu tenho alguma coisa na minha essência que me impede de acreditar em amores surreais. Me explico: simplesmente não acredito em repentes de amor sem tempo de convivência, amores a primeira vista, declarações apaixonadas após 15 dias de namoro e pedidos de casamento que ocorrem após 2 meses de relacionamento.
Alguém sempre irá contar a historia do primo que foi assim, paixão a primeira vista e casamento 6 meses depois. E eu direi duas coisas:

1- Não foi amor a primeira vista, foi um encanto, eles apostaram e deu certo
2- Para toda regra existe alguma rara exceção e nada me convencerá do contrário

A grande verdade é que encantamento é diferente de paixão que por sua vez é diferente de amor. E quando estamos encantados e evoluindo pra paixão tudo é mais intenso, e tudo pode ser dito sem se pensar. Amor e relacionamento se dão pelo conhecimento do outro e convivencia e ninguém é capaz disso em repentes e pouco tempo, por isso me perturba ouvir casais com poucos meses de namoro se chamando de namoridos e me dá medo saber que existe gente que decide casar 3 meses depois de se conhecer. Isso pra mim não é romantismo, é precipitação com falta de raciocinio.
Pois é, jamais serei do tipo que encontra o grande amor trombando com alguém na livraria, derrubando tudo no chão e olhares cruzando nesse processo todo. Se isso acontece comigo eu peço desculpas e vou embora. Se me param na rua dizendo que eu sou linda eu do um sorriso amarelo, agradeço e saio andando. Se insistem e pedem meu telefone eu dou uma risada e vou embora.
E você que está lendo isso, deve estar me achando o ser mais anti-romantico que existe no mundo... mas acho que na verdade é totlamente o contrário. Meu romantismo não é épico, ele é intenso. Nenhuma coisa dessas, montada e vista em filmes me emociona, precisa ser genuino, e quando é, me toca da maneira mais profunda e me faz morrer de amor e intensidade. Só que isso não é simples, precisa de muito, precisa me convencer que é de verdade, precisa ser transcedental e aí a pessoa que eu amo vira tudo e eu quero viver de amor por ela, e sou a mais doce e encantadora das mulheres apaixonadas.
Só que nada do que é convencional é suficiente. Morro de rir quando vejo pessoas deslumbradas por alguém que as trata bem, paga conta e abre a porta. Acho lindo, acho gostoso, mas nada disso nunca me conquistou, até porque, isso é fácil e copiável, difícil e me fazer ficar encantada por tudo que a pessoa conhece, pela forma de falar e de mostrar que cada conversa pode ser uma vida de descobertas, e mostrar que eu posso me abrir e me identificar e fazer entender e me encantar com cada palavra e risada. Isso me encanta e me faz abrir devagarinho o coração.
E eu, sendo assim, passei a vida criticando romanticismos e usando aquela velha historinha clichê que toda mulher do seculo XXI gosta de soltar de que principe encantado não existe, quando de repente me dou conta: Sendo assim, desse meu jeito, a grande verdade é que eu busco um principe encantado muito mais do que qualquer outra mulher que se apaixona por quem leva ela pra disney por um feriado e manda flores no escritório no dia dos namorados. Quem dá o telefone pro cara da rua tá aberta, disponivel, tentando e aceitando o simples. Eu não, eu preciso de uma grande inspiração, de alguém que toque meu coração com algo que vá muito além do romantismo convencional, esse pra mim é um complemento pro relacionamento ficar gostoso, mas jamais será algo que me conquistará por si só.
Eu preciso de um minino de quimica pra chegar perto, uma conversa razoavel pra dar meu telefone, e muitas conversas que me fascinem pra me encantar. Meses para me apaixonar e muita intensidade para amar alguém. Agora me diz se eu que não sou a grande idiota esperando algo que poderia ser similar a um principe  enquanto a grande maioria das mulheres está aí, vivendo seus romnances simples com carinhos obvios e fáceis mas felizes e abertas para o amor.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Tem números que a gente nunca deleta da nossa agenda!

Essa semana me deparo com mais um texto do Ivan Martins que me fez ter certeza do quanto pensamos de forma diferente sobre relacionamentos.
Sabe por que sempre ligamos primeiro pro nosso namorado quando algo ruim acontece? Simplesmente porque quando estamos namorando passamos a maior parte do tempo com a outra metade do casal. Ou seja, acabamos naturalmente contando mais detalhes de nossa vida para quem está mais tempo junto! Simples assim. 
É natural do ser humano querer compartilhar momentos importantes (sejam felizes, sejam difíceis), porque o Homem é um ser social, que precisa de aceitação, ajuda e de conselhos!
Agora, e quando realmente "a porca torce o rabo" e temos aquela crise (normal de todo relacionamento) que nos desnorteia mais do que qualquer coisa na vida? Aí, eu garanto, quem vai tocar primeiro será o telefone da melhor amiga! E em todos os outros aspectos da vida também, porque ela sempre será a conselheira que validará o conselho que seu namorado já te deu, e sempre terá o posto de opinar sobre qualquer questão comum ao relacionamento amoroso.
E, mais do que isso, quando o amor acabar a ânsia por uma palavra de conforto continuará existindo, e muitos telefones tocarão de madrugada ou a hora que for, sempre com uma palavra de conselho, amizade ou qualquer outra coisa!
Imaginem só, o que seria das pessoas solteiras se sempre na vida precisássemos de um namorado (a) para ligar quando temos um problema? Significaria que quem não tem um par sofreria mais? Ou que a ligação da sua melhor amiga, ou da sua irmã valeria menos? 
Sentimentos de amor são maiores do que um namoro, cumplicidade é maior do que o que existe em um casal. E relacionamento não é só entre namorados!
Além de tudo, se tem uma coisa que eu aprendi em todos os meus anos de relacionamento, é que não dá pra tratar seu namorado como você trata sua melhor amiga, querendo contar os mesmos desabafos e as mesmas angustias. Tem coisas que ele nunca irá entender, irá julgar e levará a uma enorme discussão. Tem assunto que só pode ser tratado na terapia da mesa do bar, com muito clima de fofoca e muito cosmopolitam pra temperar!