terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Uma paixão pra não ser correspondida

Não, meu coração não é um instrumento que já não encontra mais aquele ritmo de desnortear a vida de uma maneira deliciosa. Aleluia, posso sentir uma paixão. Posso ser capaz de cultivar aquele sentimento platônico desesperador, aquela vontade idiota de ver alguém passando só para ver alguém passando.
Sou capaz de passar meses com aquela vontadezinha adormecida, pulsando silenciosa, dormindo e sonhando com lembranças remotas e ao mesmo tempo fortes. Um simples suspiro de memória que mata.
A gente percebe que entrou num beco sem saída quando sentir o cheiro de alguém já é o bastante pra alimentar a alma.
E sabe, estranhamente isso me satisfaz. Me coloca num beco meio sem saída de ignorar pensamentos para que eles não doam aquela dorzinha de ausencia mas ao menos tempo alimenta minha esperança de ser capaz de amar alguém com muita força.
Fiquei doente de corpo e alma e o primeiro que sentiu foi o coração, e por meses rezei para que minha essencia de paixão não esvaziasse. E eis aqui eu feliz com minha paixão platônica idiota, que me fez perceber que nada está perdido na essência.
E eis eu aqui, podendo escrever com um pouco mais de coração e menos de análises lógicas de relacionamentos.
Abençoada a minha paixão não correspondida. (daquelas que a gente nem sabe se pode ser correspondida ou não).

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A grande falácia da teoria moderna do príncipe encantado

Eu tenho alguma coisa na minha essência que me impede de acreditar em amores surreais. Me explico: simplesmente não acredito em repentes de amor sem tempo de convivência, amores a primeira vista, declarações apaixonadas após 15 dias de namoro e pedidos de casamento que ocorrem após 2 meses de relacionamento.
Alguém sempre irá contar a historia do primo que foi assim, paixão a primeira vista e casamento 6 meses depois. E eu direi duas coisas:

1- Não foi amor a primeira vista, foi um encanto, eles apostaram e deu certo
2- Para toda regra existe alguma rara exceção e nada me convencerá do contrário

A grande verdade é que encantamento é diferente de paixão que por sua vez é diferente de amor. E quando estamos encantados e evoluindo pra paixão tudo é mais intenso, e tudo pode ser dito sem se pensar. Amor e relacionamento se dão pelo conhecimento do outro e convivencia e ninguém é capaz disso em repentes e pouco tempo, por isso me perturba ouvir casais com poucos meses de namoro se chamando de namoridos e me dá medo saber que existe gente que decide casar 3 meses depois de se conhecer. Isso pra mim não é romantismo, é precipitação com falta de raciocinio.
Pois é, jamais serei do tipo que encontra o grande amor trombando com alguém na livraria, derrubando tudo no chão e olhares cruzando nesse processo todo. Se isso acontece comigo eu peço desculpas e vou embora. Se me param na rua dizendo que eu sou linda eu do um sorriso amarelo, agradeço e saio andando. Se insistem e pedem meu telefone eu dou uma risada e vou embora.
E você que está lendo isso, deve estar me achando o ser mais anti-romantico que existe no mundo... mas acho que na verdade é totlamente o contrário. Meu romantismo não é épico, ele é intenso. Nenhuma coisa dessas, montada e vista em filmes me emociona, precisa ser genuino, e quando é, me toca da maneira mais profunda e me faz morrer de amor e intensidade. Só que isso não é simples, precisa de muito, precisa me convencer que é de verdade, precisa ser transcedental e aí a pessoa que eu amo vira tudo e eu quero viver de amor por ela, e sou a mais doce e encantadora das mulheres apaixonadas.
Só que nada do que é convencional é suficiente. Morro de rir quando vejo pessoas deslumbradas por alguém que as trata bem, paga conta e abre a porta. Acho lindo, acho gostoso, mas nada disso nunca me conquistou, até porque, isso é fácil e copiável, difícil e me fazer ficar encantada por tudo que a pessoa conhece, pela forma de falar e de mostrar que cada conversa pode ser uma vida de descobertas, e mostrar que eu posso me abrir e me identificar e fazer entender e me encantar com cada palavra e risada. Isso me encanta e me faz abrir devagarinho o coração.
E eu, sendo assim, passei a vida criticando romanticismos e usando aquela velha historinha clichê que toda mulher do seculo XXI gosta de soltar de que principe encantado não existe, quando de repente me dou conta: Sendo assim, desse meu jeito, a grande verdade é que eu busco um principe encantado muito mais do que qualquer outra mulher que se apaixona por quem leva ela pra disney por um feriado e manda flores no escritório no dia dos namorados. Quem dá o telefone pro cara da rua tá aberta, disponivel, tentando e aceitando o simples. Eu não, eu preciso de uma grande inspiração, de alguém que toque meu coração com algo que vá muito além do romantismo convencional, esse pra mim é um complemento pro relacionamento ficar gostoso, mas jamais será algo que me conquistará por si só.
Eu preciso de um minino de quimica pra chegar perto, uma conversa razoavel pra dar meu telefone, e muitas conversas que me fascinem pra me encantar. Meses para me apaixonar e muita intensidade para amar alguém. Agora me diz se eu que não sou a grande idiota esperando algo que poderia ser similar a um principe  enquanto a grande maioria das mulheres está aí, vivendo seus romnances simples com carinhos obvios e fáceis mas felizes e abertas para o amor.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Tem números que a gente nunca deleta da nossa agenda!

Essa semana me deparo com mais um texto do Ivan Martins que me fez ter certeza do quanto pensamos de forma diferente sobre relacionamentos.
Sabe por que sempre ligamos primeiro pro nosso namorado quando algo ruim acontece? Simplesmente porque quando estamos namorando passamos a maior parte do tempo com a outra metade do casal. Ou seja, acabamos naturalmente contando mais detalhes de nossa vida para quem está mais tempo junto! Simples assim. 
É natural do ser humano querer compartilhar momentos importantes (sejam felizes, sejam difíceis), porque o Homem é um ser social, que precisa de aceitação, ajuda e de conselhos!
Agora, e quando realmente "a porca torce o rabo" e temos aquela crise (normal de todo relacionamento) que nos desnorteia mais do que qualquer coisa na vida? Aí, eu garanto, quem vai tocar primeiro será o telefone da melhor amiga! E em todos os outros aspectos da vida também, porque ela sempre será a conselheira que validará o conselho que seu namorado já te deu, e sempre terá o posto de opinar sobre qualquer questão comum ao relacionamento amoroso.
E, mais do que isso, quando o amor acabar a ânsia por uma palavra de conforto continuará existindo, e muitos telefones tocarão de madrugada ou a hora que for, sempre com uma palavra de conselho, amizade ou qualquer outra coisa!
Imaginem só, o que seria das pessoas solteiras se sempre na vida precisássemos de um namorado (a) para ligar quando temos um problema? Significaria que quem não tem um par sofreria mais? Ou que a ligação da sua melhor amiga, ou da sua irmã valeria menos? 
Sentimentos de amor são maiores do que um namoro, cumplicidade é maior do que o que existe em um casal. E relacionamento não é só entre namorados!
Além de tudo, se tem uma coisa que eu aprendi em todos os meus anos de relacionamento, é que não dá pra tratar seu namorado como você trata sua melhor amiga, querendo contar os mesmos desabafos e as mesmas angustias. Tem coisas que ele nunca irá entender, irá julgar e levará a uma enorme discussão. Tem assunto que só pode ser tratado na terapia da mesa do bar, com muito clima de fofoca e muito cosmopolitam pra temperar!

domingo, 18 de setembro de 2011

O target do coração

Quando eu era adolescente me apaixonava por quem era apaixonado por mim. Achava a coisa mais sensacional do mundo ter alguém que me amasse loucamente mais do que tudo na vida e minha sensação era que nunca me faltaria amor e alguém do meu lado para me suportar em todos meus milhares de traumas emocionais nutridos desde a infância.
Já mais velha, mas não mais experiente, tudo que me encantava era um homem que me desse segurança. Que tivesse uma vida estruturada e estável. Que eu sentisse que poderia ser meu alicerce na vida e que me ajudaria a ter solidez e a enfrentar todos os problemas e desventuras que existem na vida de uma mulher solteira que vive sozinha. E mais uma vez percebi o quanto isso era uma grande bobagem.
Hoje talvez mais uma vez eu esteja errada e repense tudo que me vem em mente após ter tido um pouco mais de experiência. Mas o que meu coração me diz e o que minha vida me mostra é que eu não preciso de ninguém que tape buracos de dificuldades ou traumas mal resolvidos, porque ai será a busca pela falta de algo... sempre. Esses são meus problemas  e posso viver com eles, solucionando-os da melhor forma possível. Hoje eu sei viver sozinha e quanto mais o tempo passa e eu vivo minha vida de solteira mais eu percebo o quanto eu me completo e quanto não preciso de um homem que tape buracos existenciais.
O que meu coração precisa hoje não é alguém que cubra faltas, mas alguém que transborde e complete o que eu tenho como minha essencia. Hoje eu só quero alguém que me cative e me faça morrer de amor e paixão pelo que é, e nada mais.
Hoje todos os meus pré-moldes de homem ideal são uam falácia, porque eu quero mesmo é sentir que minha vida é só minha e que eu cuido muito bem dela, mas que existe alguém que me faz pensar sobre formas melhores de viver, e que passe horas conversando comigo sobre filosofia barata, que fuja completamente de tudo que eu desenhei como target perfeito, mas que mesmo assim me encante e me faça pensar a cada segundo do meu dia nele.
Aí você percebe que não precisa mesmo de um homem para nada na sua vida, porque ela é sua. Precisa apenas de alguém pra transbordar sua essencia e morrer de amor, pelo que é, pelo que transforma e não pelos traumas que é capaz de amenizar.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A opção de estar solteiro

O tempo todo me deparo com N depoimentos de pessoas que se auto definem como solteiros por opção, e potencializam o quanto são felizes com isso, e como querem mesmo é ser solteiros. Admiro muito pessoas que se sentem realizadas com a condição em que vivem e não sofrem por estarem sozinhas, mas, de verdade, não acredito que exista uma pessoa solteria por opção.
Fico imaginando alguém surgindo na vida dessas pessoas, e provocando todas as sensações maravilhosas de estar apaixonado... e ainda por cima correspondendo a estas sensações.. e o ser em questão vira e diz: "Estou completamente apaixonado, mas sabe o que é? Optei agora por ficar solteiro, por isso vou ignorar que meu coração dispara e que eu só penso em você o tempo todo e vou continuar com a minha opção, ficar sozinho e quem sabe daqui um ano eu mudo de idéia e te procuro".  Isso não existe!
Acredito sim, na opção de estar solteiro ao invés de entrar num relacionamento apenas por carência, de optar por ficar só enquanto não sentir que encontrou aquela pessoa que realmente te completa e pode te fazer feliz. Mas isso se chama optar por ficar sozinho e não estar solteiro por opção.
Ter alguém do seu lado não pode ser a coisa mais importante da sua vida, e, apesar de clichê, é bem verdadeiro que precisamos aprendar a nos bastar, (até porque se não fizermos isso o peso em cima do nosso pareceiro será sempre grande demais e isso pode levar à destruição) mas é uma grande hipocrisia dizer que não existe o desejo enorme de ter alguém pra amar e pra nos amar.
Pelo simples fato que as reações que esse sentimento nos causa são simplesmente maravilhosas, e porque no fundo, sempre queremos alguém pra compartilhar a vida, e tornar nosso caminho mais leve, não necessariamente por divisir problemas e responsabilidades, mas por ter alguém que sorri pra gente enquanto vivemos as dores da vida.

sábado, 20 de agosto de 2011

O valor de uma mulher

Acabo de ler um blog no qual a autora do post dizia que homens com carater e mulheres que se valorizam estão em extinção. Isso me fez pensar um bocado, afinal, o que seria "mulheres que não se valorizam"? 
Pelo teor do post (logo em seguida comentou-se sobre meninas que vão para balada, ficam e dormem com o cara que acabaram de conhecer) meu pensamento foi direto para mulheres que saem e transam com caras que não necessariamente verão novamente, ou simplesmente que não tem um relaiconamento e não estão apaixonadas.
Mas, de verdade, meu deu muita preguiça pensar que realmente esse assunto poderia ser um tema discutido e julgado pensando no nosso atual contexto sócio-cultural das pessoas que costumam ler blogs de relacionamento.
Sabe uma mulher que se valoriza pra mim? Aquela que respeita as suas vontades dentro de qualquet tipo de relação. Se valorizar e não ter atitude nenhuma que não respeito aquilo que você acredita e que condiz com seus valores.
E se eu achar que o sentido da minha vida é casar virgem e fazer isso porque eu realmente quero e sei que será importante, tudo bem! E se ao contrário, eu achar que se encontrei um cara que curti e quero transar com ele mas não tenho saco pra mais do que isso, tudo bem também! Isso é se valorizar, fazer coisas que não te machuquem, porque se for pra sofrer depois achando que foi muito facinha ai sim perde todo sentido e você para de se valorizar!
De verdade, me surpreende muito ver que ainda existem pessoas que falam sobre relacionamentos com ar de descolada julgando que as mulheres que saem casualmente com quem querem não se valorizam.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Pra dar uma mãozinha pro amor facinho

Semana passada me deparei com centenas de amigas postando o texto o amor bom é facinho em todas as redes sociais, e claro que eu não poderia deixar de comenta-lo aqui! Especialmente porque concordo com muito do que o colunista escreveu, principalmente no que diz respeito a "joguinhos" e a não subestimar a sinceridade e espontaneidade.
Estaria mentindo se negasse que, como milhares de mulheres, vira e mexe me pego pensando por horas e horas se devo responder ou não uma mensagem e a melhor forma como fazer isso, mas no final das contas sempre sou 100% movida pela minha vontade. Acho mesmo a maior besteira pensar em não ser fácil ou não ser difícil... meu pensamento é sempre assim: Se tenho vontade de chamar pra sair, vou chamar... caso contrário jamais saberei se ele aceitaria ou não. Na dúvida...bom, na dúvida eu faço exatamente o que tenho vontade, pois se o cara tiver que gostar de mim tem que ser exatamente pelo que eu sou!
Mas tem um ponto que tenho que discordar do Ivan Martins, não acho que relacionamentos sejam assim tão simples. Porque relacionamentos sempre serão compostos por pessoas traduzidas em experiências e vivências diferentes, o que realmente faz com que a atitude e motivação do outro não sejam simples e fáceis de entender.
Além disso, normalmente pessoas solteiras vivem experiências muito variadas, que modificam sua forma de pensar e seu desejo pelo outro a cada dia, por isso a resposta nunca vai ser clara e decisiva logo de cara. E claro, sempre tem o medo inevitável e a vontade de não querer cometer as mesmas burradas que antes, o que nem sempre faz sentido porque pessoas diferentes se importam com coisas diferentes, então provavelmente seu jeito atrapalhado e consumista que seu ex odiava pode ser engraçado e encantador para outro... e aí tudo começa a ficar complicado!
Fora os sinais... a os sinais, quem os entende? Porque o cara que você super flertou e gostou na festa pegou seu telefone, e você ficou feliz, mas no dia seguinte ele reencontrou a ex e ficou com o coração balançado por isso ele sumiu por duas semanas... mas depois ele percebeu que realmente não tem mais nada a ver com a ex e sentiu falta da conversa divertida que vocês tiveram.
E do nada seu ex namorado te chama no msn e diz que estava com vontade de te dizer bom dia, mas não sabia o porquê, e você sincera tenta jogar limpo e pergunta se ele sente sua falta... mas ele sente ao mesmo tempo que sabe que acabou e por isso não fala nada e você fica sem saber se ele ainda gosta ou não de você.
Enfim, se pudesse definir o amor facinho só diria uma coisa: o amor já é bem complicado por si só, mas a gente pode bem dar uma forcinha e parar de tentar adivinhar e armar joguinhos para sair por cima... é só fazer o que o coração mandar, com certeza não vai ficar facinho, mas já vai dar uma ajuda e tento. E, principalmente, vai fazer ser sincero, se der certo será porque a outra pessoa gosta de você assim, do jeitinho que você é, se não der, paciência, não daria certo de qualquer jeito no longo prazo!