quinta-feira, 5 de maio de 2011

Quando o orgulho é maior que a paixão... e que o bom senso também

Quando conheci o D* tinha acabdo de terminar um namoro de dois anos. O antigo namorado estava na Australia e a situação toda me cansava, no meio desse turbilhão comecei a trabalhar num lugar novo e sensacional, mudei de casa e minha vida toda estava num momento muito diferente. Nesse contexto novo conheci o carinha novo do trabalho que me dava carona e tinha um papo legal.
Depois de dois anos num namoro gostosinho mas sem muita emoção aquela figura nova num momento tão diferenciado da minha vida me encantou. Mesmo com o coração ainda um pouquinho balançado pelo ex resolvi embarcar nessa nova relação que me animou demais.
Mas a verdade é que nunca senti meu coração completamente apaixonado. Era gostoso, era uma experiência totalmente nova e divertida, mas não tinha aquela paixão. Não tinha o master frio na barriga e ansiedade de ver a pessoa a cada novo encontro... e me lembro claramente de fazer um cálculo mental, pensando que em seis meses com certeza tudo já teria murchado em mim.
Depois de apenas três meses juntos muitas coisas já me irritavam nele, e a reciproca era verdadeira... até que, por diversos motivos controversos, ele resolveu terminar o namoro. E eu, que tinha certeza que não estava apaixonada enlouqueci.
De repente meu mundo tão estável e sob meu controle desmoronou... minha vida gostosa com o namorado novo todo final de semana já não estava mais nas minhas mãos, e como num passe de mágica, assimilar as palavras que traduziam o fim fizeram com que eu me sentisse absurdamente apaixonada pela pessoa que eu não poderia ter.
E eu me pergunto... por quê? Mesmo estando seguros sobre nossos sentimentos e sabendo exatamente que uma relação não pode ir pra frente o simples fato daquela pessoa não mais nos querer e todo controle sair das nossas mãos nos dá desespero e faz sofrer demais. Hoje, analisando a situação e o que aconteceu eu tenho a certeza de que foi uma relação relativamente fácil de superar.
No momento que eu disse: Não quero mais, simplesmente parei de pensar nele (coisa que nunca acontece comigo, já deixei de querer n pessoas e mesmo assim elas continuaram a povoar meu pensamento) porém nunca uma dor foi tão intensa e um momento tão desesperador... e hoje, acho que o grande desespero foi exatamente pela minha certeza de que não existia amor, ou seja, nada poderia restaurar aquela relação e o controle de tudo, inclusive dos sentimentos dele estava distante demais de mim.
Hoje me pego pensando nisso, quanta energia da nossa vida não gastamos com coisas que não valem a pena, simplesmente porque a perda do controle e a "rejeição" são sentimentos que nos incomodam. Me lembro de quantas noites passei chorando e do tanto que tentei retomar uma relação que antes de terminar eu já tinha certeza que não seria duradoura e tento encontrar um sentido nisso tudo - e tenho certeza de que foi uma relação que pouco acrescentou à minha vida.
Acho que esse é um ponto pro qual não tenho conclusão nem uma moral clara para pensar, apenas me serve de reflexão para pensar, pensar, pensar... e pelo menos tentar não deixar nunca mais meu coração se vender por tão pouco.

Um comentário:

  1. Eu seeeeempre faço isso tmb! Minha terapeuta já tentou me explicar várias vezes, hehehe...
    Mas é completamente irracional, não faz o menor sentido mesmo!
    Só sei que, conhecendo esse nosso mecanismo, fica mais fácil evitá-lo das próximas vezes. =)
    Bjks!

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